A Aplicação de Combinações de Pisos Vinílicos para a Melhoria da Qualidade de Vida de Pacientes com
A Aplicação de Combinações de Pisos Vinílicos para a Melhoria da Qualidade de Vida de Pacientes com Doença de Alzheimer (DA)
Autoria: time técnico da ACE
O Ambiente como Agente Terapêutico na Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva que afeta de maneira profunda as capacidades cognitivas, comportamentais e sensoriais dos indivíduos. As perdas sensoriais, em particular, representam um desafio significativo, alterando a forma como o idoso interage com o ambiente e podendo privá-lo de prazeres simples ou dificultar tarefas diárias. A desorientação e a confusão são manifestações comuns, que podem levar a comportamentos como agitação e perambulação, frequentemente agravados por um ambiente não adaptado.
Nesse contexto, o design de interiores e a arquitetura emergem não como meras questões estéticas, mas como ferramentas funcionais e terapêuticas, uma disciplina conhecida como neuroarquitetura. O design ambiental pode ser um aliado crucial para mitigar os sintomas da demência e melhorar a qualidade de vida do paciente, promovendo sua autonomia, segurança e bem-estar emocional. Intervenções simples, como o uso de estímulos sensoriais visuais, táteis e auditivos, podem evocar memórias, reduzir a ansiedade e dar uma sensação de familiaridade, tornando o ambiente mais confortável.
Indo para o segmento de revestimentos vinílicos, em especial o piso vinílico, pois trata-se de um material com propriedades intrínsecas de segurança, conforto e higiene, destaca-se como uma solução ideal para a aplicação desses princípios. Sua versatilidade permite uma gama de estratégias de design que transcendem a simples funcionalidade, tornando o piso uma parte integrante do tratamento não farmacológico.
Este estudo explora como a seleção e combinação estratégica de pisos vinílicos podem ser empregadas para criar ambientes que apoiam a autonomia, a segurança e o bem-estar de pacientes com DA, em contextos residenciais e institucionais.
O Piso Vinílico como Solução Terapêutica Específica
Nós da ACE Revestimentos temos como base que o piso vinílico, por suas múltiplas propriedades funcionais e estéticas, emerge como um revestimento ideal para atender às necessidades complexas de pacientes com DA.
Propriedades Funcionais e de Segurança do Vinílico
A segurança é a principal prioridade na adaptação de ambientes para idosos. A superfície antiderrapante dos pisos vinílicos é fundamental para reduzir o risco de escorregões e quedas, sendo uma característica essencial em lares com idosos e áreas propensas à umidade. Um coeficiente de atrito de 0,4% ou superior é o padrão técnico de segurança recomendado para pisos, falamos em normas que atendidas aos fatores R9, R10, R11 e etc.
Além do fator antiderrapante, a resiliência do vinílico oferece um conforto significativo. Sua flexibilidade permite que o material absorva o impacto de quedas de objetos e pessoas, minimizando lesões. Essa mesma propriedade contribui para um excelente isolamento acústico, amortecendo o ruído da pisada e o barulho de fundo, o que é crucial para pacientes que podem ser estimulados pelo som ambiente. O vinílico também proporciona conforto térmico, onde o mesmo não “passa” a friagem de um piso frio e ou algum calor excessivo com a exposição a luz solar direta, trazendo uma sensação de aconchego ao pisar.
Por fim, a higiene é uma propriedade de valor inestimável. Pisos vinílicos não são porosos, o que impede a proliferação de microrganismos e os torna resistentes a manchas e produtos químicos. A limpeza é simples, geralmente exigindo apenas um pano ou esfregão com água e sabão neutro. Essa facilidade de manutenção é vital para ambientes de cuidado, onde a higiene é primordial para o controle de infecções e o bem-estar geral.
A combinação de segurança (antiderrapante, absorção de impacto), conforto (acústico, térmico) e higiene (antimicrobiano, e fácil limpeza) confere ao piso vinílico uma vantagem única e o eleva de uma simples escolha de design para um componente integral do cuidado holístico. Outros materiais podem se destacar em uma ou duas dessas áreas (o porcelanato é higiênico, mas pode ser escorregadio e barulhento; a madeira é confortável, mas de difícil manutenção), mas o vinílico oferece uma solução completa.
Propriedades Visuais e Estéticas do Vinílico
Os avanços na tecnologia de produção de pisos vinílicos permitem a replicação de materiais naturais, como a madeira e a pedra, esses com alto realismo. A familiaridade desses padrões naturais contribui para a criação de um ambiente acolhedor e "com a cara de casa", alinhando-se à neuroarquitetura de evocação de memórias.
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É igualmente importante que o piso escolhido tenha um acabamento fosco / mate. Superfícies com brilho ou reflexo podem ser interpretadas erroneamente pelo paciente, causando hesitação ao caminhar e aumentando o risco de quedas, podem confundir como um ambiente molhado. O design deve buscar o conforto visual e a segurança, não a sofisticação que possa ser confusa.
A Tabela 1 apresenta um comparativo detalhado entre o piso vinílico e outros revestimentos comuns, demonstrando suas vantagens específicas para a população com DA.
Tabela 1: Comparativo de Revestimentos para Pacientes com Alzheimer
Estratégias de Design com Combinações de Pisos Vinílicos
O verdadeiro potencial do piso vinílico reside em sua capacidade de ser combinado de maneira inteligente para criar uma "linguagem silenciosa" que guia e acalma o paciente de forma subconsciente. O piso se transforma em uma ferramenta de comunicação não verbal, um mapa cognitivo que compensa a perda de memória e a desorientação.
Demarcação de Zonas Funcionais
A desorientação espacial é um sintoma comum na DA que pode ser mitigado com a demarcação clara de zonas. A combinação de diferentes cores ou padrões de vinílico pode sinalizar sutilmente a transição entre ambientes.
Por exemplo, a mudança de um padrão que imita a madeira, utilizado em áreas de convivência, para uma cor sólida e contrastante pode indicar a entrada em um banheiro ou na área de refeições. Essa estratégia visual reduz a confusão e a perambulação desorientada, ao mesmo tempo que facilita a circulação do paciente, em alinhamento com os princípios de design para a demência.
Otimização do Contraste para Segurança e Orientação
O contraste visual é uma consideração crítica em ambientes para pacientes com DA. A dificuldade em diferenciar cores semelhantes torna o contraste um elemento-chave para a segurança.
O piso pode ser usado para destacar degraus, o início de uma rampa ou a borda de um tapete, transformando obstáculos em elementos de orientação. A aplicação de uma faixa de vinílico de cor escura na borda de um degrau de piso claro, por exemplo, torna a mudança de nível imediatamente perceptível.
Coleção ACE Affinity
A escolha das cores também é um fator terapêutico. Recomenda-se a utilização de cores fortes, porém calmantes, evitando tons pálidos que são difíceis de ver ou cores muito vivas que podem estimular o paciente. Embora a pesquisa indique que as cores afetam os pacientes de forma diferente da população em geral, elas não devem ser o único elemento do design, mas sim um componente de apoio.
Estímulo Sensorial e a Evocação de Conforto
A inclusão de texturas sutis e realistas no piso vinílico pode oferecer estímulos táteis e visuais que tornam o ambiente sensorialmente mais rico e familiar. A imitação / realismo de materiais naturais, como a madeira ou a pedra, se alinha ao design biofílico, que, embora não seja o material natural em si, pode ter um efeito benéfico no humor e na cognição do paciente.
A aplicação dessas estratégias de combinação do piso vinílico cria uma "linguagem silenciosa" que guia o paciente de forma subconsciente. Um piso com padrão de madeira pode transmitir a sensação de "lar" e "conforto", uma borda de alto contraste pode significar "atenção/degrau”, e uma área de cor sólida e clara pode indicar o "banheiro". Essa forma de comunicação não verbal é uma extensão da terapia ocupacional, ajudando a substituir a necessidade de lembranças diretas e a reduzir a frustração.
A Tabela 2 apresenta um guia prático para a aplicação de cores e padrões de piso vinílico com base em seus benefícios terapêuticos.
Tabela 2: Guia de Aplicação de Cores e Padrões de Piso Vinílico na DA
Diferentes Contextos de Aplicação
As diretrizes para a aplicação de pisos vinílicos variam dependendo do ambiente, seja ele uma residência familiar ou uma instituição de cuidado.
Ambientes Residenciais versus institucionais
Em ambientes residenciais, o principal objetivo é manter a autonomia do paciente e evitar que a casa pareça um espaço "médico". O design deve se integrar ao mobiliário e aos acabamentos existentes, priorizando a personalização para que o espaço individual tenha um caráter próprio e evoque memórias.
Em contrapartida, em instituições como casas de repouso e hospitais, a demarcação de zonas funcionais e a segurança são cruciais, dada a alta circulação e o espaço compartilhado. No entanto, a meta continua sendo criar um ambiente que se afaste das características institucionais e promova a sensação de "lar". O conceito de "vilas de demência", que usam o design para simular ambientes urbanos familiares como praças e mercearias, é um exemplo notável de como o design de piso pode ser usado para incentivar a perambulação segura e a interação social.
Considerações de Custo, Instalação e Manutenção
A escolha do piso vinílico também é justificada por sua viabilidade prática. Em termos de custo-benefício, o vinílico é uma alternativa superior ao porcelanato e à madeira, tanto no preço do material quanto na mão de obra. A instalação é rápida, podendo ser concluída em um único dia, e limpa, pois muitos modelos podem ser colocados sobre o revestimento original sem necessidade de remoção.
A durabilidade do piso vinílico pode chegar a 25 anos com a manutenção adequada, o que representa um investimento sólido e de longo prazo em ambientes de cuidado.
Conclusão e Recomendações
O piso vinílico, quando combinado de maneira estratégica e informada pelos princípios da neuroarquitetura, transcende sua função básica de revestimento. Ele se torna um componente terapêutico ativo, capaz de melhorar significativamente a qualidade de vida de pacientes com Doença de Alzheimer.
As combinações de cores e padrões atuam como uma linguagem silenciosa que guia, acalma e protege o paciente, compensando os déficits sensoriais e cognitivos.
- Segurança e Autonomia: O piso vinílico melhora a segurança física através do seu fator antiderrapante e a capacidade de absorver impactos, prevenindo quedas e minimizando lesões. Sua resiliência e conforto térmico promovem a autonomia e a mobilidade.
- Orientação e Bem-Estar: O uso de contrastes e a demarcação de zonas funcionais no piso auxiliam na orientação espacial, reduzindo a confusão e a perambulação. O design que evoca a familiaridade, através de padrões naturais e acabamentos foscos, contribui para um ambiente mais tranquilo e acolhedor, que reduz a agitação e a ansiedade.
- Viabilidade e Higiene: A excelente relação custo-benefício, a facilidade de instalação e a manutenção simples e higiênica tornam o piso vinílico uma escolha prática e sustentável para ambientes de cuidado de longo prazo.
Recomendações Práticas:
- Priorizar Segurança: Escolher pisos vinílicos com alto coeficiente de atrito (≥ 0,4%) e acabamento fosco para evitar escorregões e a ilusão de superfícies molhadas.
- Utilizar Contraste: Empregar o contraste de cores no piso para destacar degraus, soleiras e a transição entre ambientes.
- Demarcar Zonas: Combinar diferentes padrões e cores para criar "ilhas" de função, facilitando a navegação do paciente em sua residência ou em uma instituição.
- Optar por Familiaridade: Escolher padrões que imitam materiais naturais como madeira, que promovem a sensação de lar e bem-estar.
A necessidade de mais pesquisas específicas sobre o design de ambientes para DA no contexto brasileiro é clara, conforme destacado por estudos recentes. A adaptação do ambiente construído é um componente essencial do cuidado, e a adoção de diretrizes de design, como as discutidas para o piso vinílico, deve ser incentivada para garantir que a demência seja reconhecida como uma deficiência.
A aplicação desses princípios não apenas beneficia os pacientes, mas também oferece esperança e melhora a qualidade de vida para seus familiares e cuidadores, reafirmando que o design pode ser uma força terapêutica positiva.
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Principais fontes como base para o artigo:
- https://www.stir.ac.uk/
- https://www.cambridge.org/core/journals/ageing-and-society/article/exploring-the-contribution-of-housing-adaptations-in-supporting-everyday-life-for-people-with-dementia-a-scoping-review/CCBF9EBDD539D9589447DCD6352B907A
- https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6590787/
- www.alzheimersresearchuk.org
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